sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Fundação O Boticário será observadora da COP-15


Com currículo na política de mudanças climáticas Fundação apoia redução de 30% das emissões




A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza vai participar na próxima semana, em Copenhague, da COP-15 como expectadora. O coordenador de Conservação da Biodiversidade, André Rocha Ferretti, irá representar a Fundação.

O objetivo da participação é acompanhar, em primeiro lugar, as negociações do governo brasileiro durante a Conferência. Segundo André, também será uma grande oportunidade para promover a causa da conservação da natureza, que é defendida pela instituição.

No Brasil, 75% das emissões dos gases são provenientes de queimadas e desmatamentos, principalmente na Amazônia. Atualmente, o país é o quarto maior emissor. Esse cenário mostra que o Brasil pode dar mais do que apenas uma contribuição.

Recentemente, o governo brasileiro anunciou uma meta de redução de 36,1% a 38,9% em relação ao que o país emitiria até 2020. Para o coordenador, a decisão de assumir um compromisso é fundamental para que o Brasil assuma papel de liderança na COP-15. “É importante que o país assuma, incluindo aí governo, políticos, empresários e a sociedade como um todo, um esforço real de aliar a redução das emissões ao desenvolvimento de uma economia e uma sociedade de baixo carbono, independente de a meta ser voluntária ou obrigatória” afirma.

Como as emissões brasileiras vêm de desmatamento e queimada, a redução se torna uma tarefa mais fácil para o país.A maior parte disso vem de ações ilegais e de desperdício. É preciso cumprir a lei. O argumento que às vezes é utilizado de que precisamos desmatar e queimar para produzir alimentos não é válido, pois podemos duplicar ou triplicar a produção de alimentos e commodities agrícolas utilizando as áreas já abertas e a tecnologia já disponível no país” explica André Rocha.

A expectativa da Fundação O Boticário é de que na COP-15 os países aprovem um novo acordo de clima global e que seja definida meta global de redução de emissões de carbono, sendo ela, no mínimo, de 30%. Além da criação de um mecanismo que compense os países detentores de florestas tropicais pela manutenção dessas áreas.

Atualmente, a Fundação mantém duas reservas naturais, uma na Mata Atlântica e outra no Cerrado - dois biomas ameaçados no Brasil – e realiza o Projeto Oásis, que premia financeiramente proprietários de terra que protegem suas áreas naturais localizadas em mananciais. Na esfera política, integra o Observatório do Clima, rede de ONGs e movimentos sociais, e é membro fundador do Fórum Curitiba sobre Mudanças Climáticas.

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