segunda-feira, 30 de novembro de 2009

“Você não acha que o governador perdeu as estribeiras?” pergunta Eurides Brito

Deputada é uma das envolvidas no esquema de propina investigado na Operação Caixa de Pandora



Enquanto o blog de Zeca Camargo abrilhantou minha manhã, os vídeos do “mensalão candango” me trouxeram um sentimento que nem sei explicar. Vergonha, indignação e mesmo estagnação. Estagnação no sentido de que “nada mais me surpreende”.

Na semana passada, já tinha lido sobre vereadores mineiros que utilizaram a verba indenizatória para comprar cuecas e roupas.

Nesta semana, foram divulgados vídeos de parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal recebendo propina, caixa dois, “mesadinha” - como quiserem chamar – do ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda, Durval Barbosa.

Segundo a investigação da Operação Caixa de Pandora, o dinheiro era proveniente de propina paga por empreiteiras e prestadoras de serviços.

Nos vídeos, os deputados conversam sobre o esquema, recebem as cédulas e as aguardam. A deputada Eurides Brito (PMDB) guarda em sua bolsa. O presidente da Câmara, deputado Leonardo Prudente (DEM) colocou até nas meias. Entre os envolvidos, Rubens César Brunelli (PSC) – que aparece orando em agradecimento a Durval e justificando atitudes falhas em um dos vídeos - e até o governador José Roberto Arruda (DEM), que pode ser expulso do partido, caso suas declarações não convençam a cúpula.

As imagens gravadas no escritório de Barbosa foram cedidas após um acordo com Ministério Público, que pode lhe garantir redução na pena em caso de condenação.


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