segunda-feira, 8 de março de 2010

Saúde: Hospitais

Hospitais do DF mantêm funcionamento de áreas emergências na falta de luz

Geradores de energia e “no break” garantem que atividades continuem




Os pacientes que utilizam a rede pública de saúde do Distrito Federal não são prejudicados quando falta energia na cidade. Todos os hospitais públicos seguem a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e possuem geradores elétricos para manter o funcionamento das áreas mais críticas dos estabelecimentos.


Apesar de alguns contratempos, como grande número de pacientes nas filas e quantidade restrita de profissionais para o atendimento, a rede pública não tem problemas com a falta de energia. Segundo Maria das Graças, do Departamento de Fiscalização de Saúde da Anvisa, todos os hospitais públicos do DF possuem gerador de elétrico e o “no break”, que é um equipamento que garante o funcionamento no intervalo até que o aparelho entre em atividade. “O criador demora alguns segundos ou minutos para começar a funcionar, então o “no break”, que é um conjunto de baterias, mantém as incubadoras, UTIs e nas câmaras frias, que não podem parar suas atividades”, explica.


A enfermeira Sâmella de Souza trabalha a nove anos no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e não se lembra de ter tido problemas com a falta de luz. “Aqui no Hran nós contamos com os geradores que mantêm as áreas de emergência em funcionamento. O que não prejudica o nosso trabalho”.


Os hospitais seguem a resolução da Diretoria de 2002 da Anvisa, que determina que seja mantida uma fonte de energia emergencial para assegurar a continuidade do funcionamento dos equipamentos vitais.


Alguns estados do Brasil não seguem a recomendação a risca. Segundo o Sindicato dos Hospitais de São Paulo (Sindhosp), a cada sete hospitais, apenas um tem gerador no município. Os parlamentares Gilberto Brito (PR) e Iso Moreira (PSDB) da Bahia e do Goiás, respectivamente, já até protocolaram propostas para obrigar que os hospitais cumpram a exigência de possuírem geradores de energia. A enfermeira Sâmella de Souza alerta sobre a importância. “Algumas áreas não podem parar de funcionar, caso isso aconteça algum paciente pode correr risco de morte ou ainda estragar materiais coletados que precisam ficar refrigerados”.


A determinação é para todo o Brasil e todos os estabelecimentos de saúde. Para Maria da Graças, os geradores já precisam estar previstos no projeto que é avaliado pela Vigilância Sanitária, caso não estejam funcionamento do estabelecimento é impedido. De acordo com ela, a fiscalização da Anvisa acontece no mínimo uma vez por ano.



Geradores

A empresa Cummins Power Generation é uma das poucas que possui geradores com a potência demandada pelos hospitais, segundo informações de um funcionário de outra empresa no ramo, Energia Geradores. Em Brasília, a Cummins é a grande fornecedora desse equipamento.


De acordo com Marcelo Carvalho de Santos, da Cummins, a última venda para estabelecimentos de saúde foi para o Hospital Regional de Santa Maria (HSRM). “Foram quatro geradores de 450 kwatt. Cada um é capaz de manter a iluminação de um prédio, mas sempre vai depender da demanda de energia do local”, explica. Ele ainda disse que quando a energia acaba, o gerador é capaz de manter a corrente apenas em alguns lugares que já são determinados pelo cliente na hora da compra. “Normalmente são os centro cirúrgicos, emergência e um elevador”. As vendas acontecem no momento do projeto da construção e o contrato é feito direto com a construtora.

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