segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brasília é considerada capital do bullying


No mês de maio, uma adolescente de 12 anos resolveu registrar ocorrência na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) por estar sofrendo bullying pelos colegas do Centro de Ensino Fundamental 24, em Ceilândia. A Delegacia ainda apura o caso. Segundo o delegado Francisco Antônio da Silva, a ocorrência é curiosa por ser o primeiro caso nesse sentido apurado na DCA.

Em dezembro de 2009, Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou Brasília como a capital com o maior índice de casos de bullying. De acordo com o dados, 36,5% dos estudantes admitiram sofrer esse tipo de violência. A cada dez estudantes, três afirmaram terem sido vítimas de bullying.

Para a subsecretária para Educação Integral, Ivanna Sant'Ana Torres, ela acredita que o número é alto em Brasília, primeiro, por causa do nível de conscientazação, que é maior na cidade. "É importante entender que esse índice não mostra que temos mais casos do que os outros estados. Mas que temos um nível de conscientização e mobilização maior, que faz as pessoas identifiquem mais casos e possam falar mais sobre o assuntos", explica.

Os dados do IBGE também mostram que no Brasil, de modo geral, os casos acontecem mais nas escolas particulares do que nas públicas, 35,9% e 29,5%, respectivamente. Ivanna explica que

a Secretaria de Educação do Distrito Federal já cercou as instituições de orientações e, além disso, possui 305 Conselhos de Segurança, que são responsáveis pelas mediações de conflitos nas escolas. "Essa é a ação mais importante que podemos fazer para combater o bullying", classifica.

Ivanna também ressalta que outra ação é a Educação Integral: "É importante quando você trabalha na perspectiva da integralidade e na dignidade da pessoa humana". A subsecretária disse que as escolas e os estudantes devem promover a diversidade. "É preciso aceitar a convivência e promover a democracia. O mundo está menos violento. Os países que vivem a democracia convivem melhor. É isso que devemos trazer também para as escolas. Se criamos mais processos participativos, diminuímos a violência", diz.

Particulares
Amábile Passos é presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe). Ela explica que apesar de o índice ser maior nas escolas privadas, esse tema já é trabalhado há mais de oito anos no DF. "Nós tratamos o problema de frente. Fomos o primeiro lugar a implantar o combate ao bullying no Brasil. Hoje todo mundo já sabe definir e diagnosticar a violência. Estamos, de fato, encarando a situação", diz.

De acordo com a presidente, tanto as escolas públicas, como as privadas, já possuem estruturas de observação dos casos. "Não estamos fazendo de conta que não é conosco. Há dois anos montamos um observatório para monitorar os casos no DF. No ano passado, fomos a quatro cidades satélites diferentes divulgando palestras para os pais. E, ainda, o Sindicato capacita diretores, coordenadores e professores das escolas filiadas", explica.

Como lidar
O Centro de Ensino Fundamental 24, localizado na QNQ 03 em Ceilândia, registrou este ano dois casos de bullying. De acordo com o supervisor pedagógico, João Batista de Oliveira, o primeiro foi um caso de cyberbullying. "Tivemos problemas entre as alunas se ameaçando e se xingando em rede sociais', explica. O supervisor disse que a situação foi resolvida após uma conversa entre as alunas. "Um das envolvidas até está participando agora dos programas de conscientização", comemora.

João de Oliveira lembra que no ano passado a escola promoveu uma série de palestras e atividades voltadas para o combate e conscientização à prática de bullying e cyberbullying. "No ano passado recebemos o programa Superação Jovem da Fundação Ayrton Senna, que propõe que seja trabalhado o protagonismo juvenil. Vieram vários projetos, entre as propostas, surgiu a discussão do bullying", explica.

Pesquisas com professores, alunos e servidores foram feitas antes do programa ser realmente produzido. "Os alunos preparam um teatro e na época, a situação ficou resolvida. Mas esse ano já tivemos dois casos", lamenta.

Depois do caso do cyberbullying e com outro caso recente, envolvendo uma jovem que foi apelidada por um colega, a escola resolveu voltar com o programa. "Estamos novamente analisando e produzindo novas palestras e teatros. É importante envolver os alunos que usam suas experiências e faz parecer mais real", afirma.

Bullying
É preciso saber diferenciar o bullying, explica a subsecretária Ivanna Torres. "É importante ressaltar que em alguns momentos qualquer tipo de violência é tratado como bullying e não é bem assim. O bullying é um ato de violência que acontece repetidamente para atingir alguém ou um grupo", informa.

A presidente do Sindicato, Amábile Passos, também concorda com a subsecretária: "É preciso diferenciar um conflito normal do bullying".

2 comentários:

Anônimo disse...

O bulliyng è um caso delicado porem muito chato de se lidar.Eu sou um estudante de escola privada e j sofri esse tipo de aressão ja sou acustumada pra mim ñão faz diferença porque o quecont e o que eu acho e não o que os outros acham a vid e minha.A politica brasileira não da muit importancia então pra que esperar se eu mesma posso fazer diferença...Isso é prq todos saibão que ser vitim de bulliyng não fez diferença alguma na minha vida.

monyelle disse...

Disculpe pelos erros ortograficos. Na minha opinião é que O bulliyng è um caso delicado porem muito chato de se lada sou uma estudante de escola privada e já sofri esse tipo de agressão já sou acostumada pra mim não faz diferença porque o que conta e o que eu acho e não o que os outros acham a vida e minha. A política brasileira não da muita importância então pra que esperar se eu mesma posso fazer diferença...Isso é pra que todos saibam que ser vitima de bulliyng não fez diferença alguma na minha vida.