domingo, 30 de agosto de 2009


"Marina, morena, Marina você se pintou. Marina você faça tudo, mas me faça o favor não pinte esse rosto que eu gosto."



A possível candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC), pelo Partido Verde, embaralhou a corrida presidencial. O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), que tinha cogitado a concorrer ao governo de São Paulo com o apoio do Partido dos Trabalhadores, voltou atrás. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que estava desaparecida dos noticiários, toma conta das manchetes depois das declarações da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira. E o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pode ver como uma chance de derrubar o PT, já que o Partido Verde preserva alianças com os tucanos em algumas regiões do Brasil.


O fato é que com os escândalos no Senado, e as declarações do presidente Lula de apoio a permanência do presidente da Casa, o senador José Sarney (PMDB-AP), o PT anda desgastado. E para piorar, Lina Vieira acusa a ministra Dilma de mandar encerrar investigação contra Fundação José Sarney.


A pesquisa Datafolha revelou que população brasileira anda insatisfeita com o Congresso Nacional, principalmente, com as denúncias envolvendo Sarney. O índice de reprovação chegou 44%, quase igual aos 45% alcançados durante a revelação do esquema “Mensalão”. Esses números pioram ainda mais a situação do PT.


Por esses motivos, Marina Silva aparece como um nome forte. A senadora nunca esteve relacionada aos escândalos do partido. Pelo contrário, saiu do Ministério do Meio Ambiente depois de desentendimentos com a mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Dilma Rousseff. Além de ser uma ativista do movimento sustentável e da ética.


Com a população desacreditada, Marina pode conseguir votos do PT e também de outros eleitores. O PV ainda é um partido frágil, mas a senadora pode no mínimo agitar a corrida presidencial.


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