quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Crise em mais um ministério. Desta vez no Turismo

A Operação Voucher da Polícia Federal prendeu, na terça-feira (9/8), mais de 30 pessoas suspeitas de desviar recursos do Ministério do Turismo. Entre os presos, empresários, diretores do ministério e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) do Amapá.

A investigação da polícia, iniciada desde abril, aponta indícios de irregularidades entre um convênio da pasta e com o Ibrasi para um programa de capacitação de profissionais de turismo no Amapá. A verba do programa foi autorizada por meio de uma emenda parlamentar proposta pela deputada federal Fátima Peláes. Foram liberados R$ 4 milhões para o convênio. Destes, R$ 3,1 milhões teriam sido desviados, de acordo com informações da PF.

Polêmica
As prisões no início da manhã surpreenderam o governo. Segundo informações de parlamentares da base aliada, a PF não chegou a avisar nem o Ministério da Justiça. Entre os presos, o secretário executivo do Turismo, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Desenvolvimento de Programa de Turismo, Colbert Martins e o ex-deputado e ex-presidente da Embratur, Mário Moyses.

Alguns deputados foram em defesa de Colbert. Para o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, a prisão do secretário é considerada um "absurdo". De acordo com ele, o contrato foi assinado em 2009 e vinha tramitando normalmente. "Nesses seis meses o PMDB manteve o mesmo comportamento e a mesma prática", explica.

Já Cândido Vaccarezza (PT-SP) falou em abuso de poder. "Não queremos nenhum acobertamento, nem também abuso de poder. Não pode uma pessoa estar há dois meses no Ministério (referindo-se a Colbert Martins) e ser preso sem ser chamado para dar explicações. Acho que houve um abuso de poder do Judiciário e do Ministério Público", afirma.


Veja mais informações na matéria do Jornal Nacional.

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