O Ministério da Saúde divulgou, no Dia Mundial de Combate à Hepatite, o boletim epidemiológico da doença no país. Os dados são referentes ao período de 1999 até o ano passado. Segundo a pesquisa, foram notificados 307.446 casos de hepatites virais no Brasil, incluindo os cinco tipos da doença - A, B, C, D e E.
Deste número, mais de 130 mil são referentes a pacientes com a hepatite A. Em seguida, são 104.454 e 69.952 com as hepatites B e C, o que demonstra o crescimento na taxa detecção da doença. "A taxa de detecção é crescente. Ela representa o caso de pessoas infectadas há 10 ou 15 anos", de acordo com o Ministério.
Outro dado importante que o boletim apresentou é referente ao número de mortes. A hepatite C foi a que mais matou na última década. Ao todo foram 14.873 mortes decorrentes da doença. Só no ano passado, morreram 1.932 pacientes infectados com a hepatite C. O maior número de mortes aconteceu na região Sudeste, principalmente, em São Paulo. Depois da C, a hepatite B foi a causa de 4.978 mortes desde 2000.
Hepatites
Hepatite A - Representa o maior número de casos no país, ao todo, são 130.354, tendo predominância nas regiões Nordesre (31,2%) e Norte (22,6%). É a hepatite mais disseminada no país, mas também a que causa menos impacto ao paciente. Ela está relacionada as condições sanitárias.
Hepatite B - É transmitida por meio de relações sexuais com parceiros contaminados e assim, como a hepatite C, é uma doença silenciosa e dificilmente detectada. Os dados divulgados pelo Ministério mostram que a pacientes entre 20 e 49 anos concentram 71,8% dos casos.
Hepatite C - A doença pode ser transmitida pelo contato com sangue, como por exemplo, compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, agulhas, seringas, equipamentos de tatuagem e uso de drogas. Pacientes que receberam transfusão de sangue antes de 1993 também correm o risco de terem contraído a doença. A maior preocupação é de que as infecções que se cronificam podem evoluir para cirrose e câncer de fígado.
Hepatite D - Só as pessoas portadoras do tipo B podem ser infectadas com a tipo D, também causada por um vírus. Assim como a hepatite B, ela é transmitida por meio de relações sexuais. A associação dos dois tipos da doença acarrentam em complicações mais graves aos pacientes. A doença tem 76,3% de concentração na região Norte. Os estados do Acre e Amazonas agregam a maioria dos casos acumulados da doença, sendo 555 e 625, respectivamente. Ao todo existem 1.812 casos notificados no país todo.
Hepatite E - A transmissão é feita por meio de água e alimentos contaminados pelo vírus, assim como a tipo A. Contudo, esse é um tipo raro no Brasil, são 874 casos confirmados. Ela é mais comum na Ásia e na África.
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